ESCLARECENDO

Pretendo postar pensamentos, crônicas, musicas e poesias; refazendo em miniatura o universo que absorvo a cada experiência no centro desse infinito, que pode eternizar ou banalizar a idéia toda. Esse espaço tem apelo confessional-autoral e poderá na melhor das hipóteses virar um elixir que maltrata a alma em goles de satisfação. Por vezes será mais sincero que a verdade, instintivo, quase irracional, como o lampejo de fé de um ateu antes de seu mundo desmoronar, o beijo roubado, a compaixão do assassino com a sua vítima segundos antes de matá-la e por vezes será pragmático e crítico, afinal precisamos da dose certa de veneno pra sobreviver. Lembrando que a causa maior de estar aqui é porque no princípio a filosofia era uma besteira, e as grandes besteiras consideradas a filosofia a ser seguida; então quando reijeitarem suas idéias, mantenhas a salvo, pois no futuro podem ser o único meio de outros seres perceberem que a razão da humanidade não passou de um grande mito.

quarta-feira, 22 de março de 2023

Marginais


Fagulhas
De revolta
Um anjo Sodomita 
Em mim plugou
Pro assombro
Das sombras
Formei silvestres 
Marginais 

QUE O TERROR DEVORAM ATÉ BRADAR 
A PAZ
O CÓLERA NOS FEZ DE BALUARTE 
DO BEM 
À FORAGIDOS DA LEI
POR TODOS BATALHEI
ÀO LADO DE NINGUÉM
POR TODOS BATALHEI
NENHUMA ALMA ESTÁ PERDIDA IRMÃO
SE AINDA EXISTE ALGUÉM

Perdidos
Na trilha
Engatilham planos 
De guerrilha
Num trago
Com Minerva
Formam-se silvestres 
Marginais

QUE O TERROR DEVORAM ATÉ BRADAR 
A PAZ
O CÓLERA NOS FEZ DE BALUARTE 
DO BEM 
À FORAGIDOS DA LEI
POR TODOS BATALHEI
ÀO LADO DE NINGUÉM
POR TODOS BATALHEI
NENHUMA ALMA ESTÁ PERDIDA IRMÃO
SE AINDA EXISTE ALGUÉM

Com a vela em chamas
Não há pra onde fugir
No mar de lama
Seu império irá ruir
Com a vela em chamas
Nossa marcha dança aqui
Iluminada 
Pelas flamas vai 
Rugir!








segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Lugar ao Luar


Eu te segui pelos ladrilhos 
Em um anseio maltrapilho
De feito pássaro que assovia pro luar 
Teu paraíso incendiar

Só amantes 
Sabem que dá
Pra com fogo
Fogo apagar
Apagar

NO AMAR DE DOIS
NO AMARRAR DA JURA
É QUE HÁ VERDADE
NA FANTASIA PURA
NO AMAR DE DOIS
A MAIS SÃ LOUCURA
É QUE HÁ VERDADE
NA FANTASIA PURA

Saltei no abismo o qual tombou
Pois levitar é nosso dom

Homens sábios
Devem segredar
Os tesouros
Pra serenos desfrutar
Desfrutar

NO AMAR DE DOIS
NO AMARRAR DA JURA
É QUE HÁ VERDADE
NA FANTASIA PURA
NO AMAR DE DOIS
A MAIS SÃ LOUCURA
É QUE HÁ VERDADE
NA FANTASIA PURA




                                    
                                    




sábado, 20 de janeiro de 2018

Doses do Tempo


Trago a dose de elixir 
Pertinente pra existir
Quando o sol tombar 
E a terra anunciar
Madrugadas de dias 
Insone a tremer
Com o teu calor
Onde até a dor, trazia prazer

MINHA FLOR, MINHA FLOR
NÃO ME SALVE SE DESFALECER
MINHA FLOR, MINHA FLOR
EM VOCÊ POSSO RENASCER
COM BEM QUERER
NUM JARDIM REPLETO DE LAZER

Se o manto 
Celestial caia
À encobrir da sociedade 
Dois escravos da liberdade
Com afrodisia perpétua 
Teu botão florescia
Ào enlaçar a hora
Pra sufocar o tempo o agora tatuar

MINHA FLOR, MINHA FLOR
NÃO ME SALVE SE EU DESACORDAR
MINHA FLOR, MINHA FLOR
EM VOCÊ POSSO ETERNIZAR

Atritando envergaduras
Faiscando sob a Lua
Enquanto os astros
Feito pingentes emolduram tua pintura

MINHA FLOR, MINHA FLOR
NÃO ME SALVE SE EU DESACORDAR
MINHA FLOR, MINHA FLOR
EM VOCÊ POSSO ETERNIZAR
PRONTO A DECOLAR
EM SONHOS DE PORTENTO POR TEU PAR




terça-feira, 27 de outubro de 2015

Vestindo a Natureza


Ela veio assim
Como sonhei
Vestindo a natureza
Mas tão pura
Nem notei
Que meu bem
Brilhava nua
Ao descobrir-se
Sua

TROUXE BRISA BOA
E CURA
ÀOS DE AMARGOR 
DOÇURA

No chão um jeans
Na mente fértil
Nascentes sem fim
Em tal mél 
Até solidão
É multidão assim
Meu bem
Brilhava nua
Ao descobrir-se
Sua

TROUXE BRISA BOA
E CURA
ÀOS DE AMARGOR 
DOÇURA
NOS COVARDES
AVENTURA
MAS NOS BRAVOS
ARMADURA







quinta-feira, 2 de julho de 2015

Trama Mágica

Anjo, deixa-me desaguar
O fél contido no calar
É feito da neve, da chuva, da névoa
Que abateu meu corpo na relva
Dos vales intocados de Tupã
Enquanto caçava delirante feito lobo a chave do amanhã

PERCEBI MÁGICA PREENCHER NOSSA TRAMA 
TRÁGICA MAS TÃO FANTÁSTICA

Vento indomável sussurrou o plano
Louco demais pra ser insano
Florestas com raízes em aço
Enlaçarão megalópoles concretas de seres nefastos

HAVERÁ MÁGICA PREENCHENDO NOSSA TRAMA
TRÁGICA MAS TÃO FODA

Temos erva rara nas mãos
Cultive com zelo irmão
Senão, um Vesúvio qualquer virá reivindicar
Os vales da terra
Os lares do ar
Florestas com raízes em aço
Enlaçarão megalópoles concretas de seres nefastos

HAVERÁ MÁGICA PREENCHENDO NOSSA TRAMA





domingo, 14 de dezembro de 2014

Ele


Ele foi à um show
De rock n’ roll
E jamais
Voltou
Vivia pra acordar
E aguardar
Cair a noite novamente
Pra voltar a sonhar
Com seus dogmas de brinquedo
Provenientes do que absorvia
Projetou o novo muito cedo
Não agradava o que via
Covardia ficou descartável
Pois sua coragem tornou-se reciclável

PERSISTIU MESMO DEPOIS
DE TANTAS DERROTAS
NO FINAL
MORREU MILHÕES DE VEZES
PARA SE TORNAR
IMORTAL

Um crime aplicou
Nas fraudes da lei
Dos desgarrados
O rei
De panos rasgados
Bordou a bandeira branca
Nas bilhares cores de ninguém
Santa, santa, santa...

PERSISTIU MESMO DEPOIS
DE TANTAS DERROTAS
NO FINAL
MORREU MILHÕES DE VEZES
PARA SE TORNAR
IMORTAL

Cansou de crescer e perder o espaço
Em uma sociedade com overdoses de abster
Rendia-se aos seus holocaustos
Não queria fazer parte daquilo
Fora mais sincero que a verdade
Como quando o ateu tem fé na compaixão do assassino
No principio a filosofia era algo fortuito
Então salvou suas idéias
Ou a razão seria o próximo mito
Refez em miniatura um universo imparcial
No centro do infinito soprou o ideal

QUE DIZIA OUSE ERRAR
POR MAIS TAPAS QUE VIEREM OS POUCOS BEIJOS
IRÃO LHE RECOMPENSAR
DÊ AS CARAS, OUSE AMAR
POR MAIS TAPAS QUE VIEREM OS POUCOS BEIJOS
IRÃO LHE RECOMPENSAR
ELE DIZIA OUSE ERRAR
NÃO É QUANTAS VIDAS SE TOCA
MAS EM QUANTO DE ALGUMA SE É CAPAZ DE RESSOAR
DÊ AS CARAS, OUSE AMAR
NÃO É QUANTAS VIDAS SE TOCA
MAS EM QUANTO DE ALGUMA SE É CAPAZ DE RESSOAR









terça-feira, 14 de outubro de 2014

Crônico Sistema

     
      Desde a derrota da Fronte Indomável que lutava contra a sistematização comportamental imposta nebulosa e sutilmente por crescentes vínculos de poderosos nas praças, parques, praias exacerbaram-se formas de vigilância utilizando a torpe evasiva de proteger os indivíduos, mas de fato elas serviam como alcova dos focos de rompimento com o Status Quo. Assim enquanto devoravam-se os gritos de terror de quem estimulava refletir libertinamente, a vigente ditadura da maioria manipulada condecorava a estupidez de fantoches descartáveis tão escrotos que até o próprio excremento agonizava transitando pelos seus corpos; e os prodígios, borboletas lindas num temporal tropical, oportunidade exígua de abandonar o cais onde brumas sempre rimaram atuais tiveram.
     Tiranos disfarçados de bem-feitores mal-amados anularam os vetores capazes de amparar a verve necessária pra construir sobre a realidade do demolir, amordaçando de maneira acidental sob a relva do planeta onde fatalidades sucediam como se fossem armação um por um dos que recalcitraram em a brasa do inferno num cinzeiro apagar mirando alto na fossa funda pra tragar o lúgubre que a aura circunda e energia iluminada transmutar. As Quimeras dardejaram contra possíveis fagulhas de rebelião, tornando profano, baluartes do bem.
     O Homo Sapiens Sapiens posteriormente sofreu colateral processo de deformação, porque a leniente rotina da burguesia religiosa carnívora os deixou tão alienados que num decadente raiar de Sol, onde até os pássaros espantados fizeram concílio de silêncio, todos ao saírem para trabalhar se refletiram iguais! Narizes, bocas, olhos, cabelos, roupas, expressões, vozes, com a evidente separação entre macho e fêmea, mas morfológica e fisiologicamente idênticos. Assustador? Jamais para aqueles que se curvaram ao programa de homogeneização genética global, na qual os alelos dominantes confirmaram-se implacáveis após o decreto de Concepção Laboratorial ser instituído, atalho definitivamente absurdo para resolver conflitos étnicos primitivos de bípedes que de remotas épocas já andavam em rodinhas de cabecinhas pensantes na mesma direção fosse ela para o abismo ou evolução, exaltando a mesmice e julgando por crimes inconfessados o incomum. Ignorantes nem percebiam que ninguém consegue tomar mesmo rumo incessantemente, dessa maneira, de repente ou por ser imigrante, de outra cor, credo, agremiação, e até por ser semelhante demais, você seria deslocado para fora do grupo. Com isso o jardim floriu enfadonhamente pardo, mas as sanguessugas escondidas na névoa circundando o topo da pirâmide não estavam nem aí, afinal nem estavam ali.