Imagino seu corpo rendendo o espírito aos devaneios na cama enquanto desenho saliências para fluírem sob tua pele e aliviarem a forma do peso de ser santa. Profano sigilosamente a única margem ào pecado e te faço abandonar o descanso em descaso com o que fora violado, da pele emanam gotas, é vinho, que embriaga e deixa a ousadia completamente solta, dos olhos escapam lágrimas, remetem a chuva formando pingentes em folhas verdes, igual a nós as árvores sempre choram se estão contentes. Mas isso não passa de insônia, perseguindo a mim em overdoses sem prazer das doses de holocaustos gerados na noite alerta anseio arrependido de ter marcado um encontro com o atraso, só te queria contando estrelas ao meu afago; é quando o bendito brilho da lua de novo se alinha a janela da casa escura e me faz ter que na fisica do amor sanidade é loucura, e o que aconteceu foi verdade embora tenha sido fantasia pura...
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Hey!
Hey! Olha o sol ali
No caminho
Esperando alguém seguir
Hey! A chuva vai passar
O vento há de voar
Mas a vida irá ficar
Com todas as fronteiras
Pra unificá-las
Numa afeição privada de barreiras
Criadas pela chatocracia
Civilizando a natureza
Em prédios de selvageria
Foi simples se perder
Dentro de uma jornada sem migalhas pra juntar
Por sorte continuamos a crescer
E poderemos como gigantes enxergar
Que revoluções são feitas
Pra sem querer estourar
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Despertar
Mil
nuvens desenhadas no contraste de cores sombrias anunciavam madrugadas de dias
despejando gotas que escorregavam pelos telhados e desabavam no chão explodindo
e desfazendo bombas de despertar da breve ilusão montada pelo cochilo de
Silvestre. Viajava em outrora, quando todas as pessoas eram igualmente
diferentes e podia olhar ao lado sem sentir-se acuado como hippie no Vietnã,
mas seus olhos ardiam agora implorando ao fraco corpo para serem deixados
fechados; ah miserável jovem, insistia entregue a uma força que nem ele sabia
de onde vinha. Indagava a si tentando achar um pedaço do céu entre as folhas da
Figueira que foi seu quarto durante a noite de minuanos impiedosos se merecia
tamanha estrela. Sorte vinda tal qual bala perdida, rasgando seu coração e
destilando-se ao seu sangue no mais puro aguar da dor de ser o último exemplo duma
série extinta.
Abriu
os olhos, verdes da cor do mar capaz de trazer esperança e afogar sonhos, não
agradava o que via. Aprendeu que odiar era errado, mas o amor fora comprado e
estava dispendiosamente raro, assim, com pouco dinheiro sobrava-lhe o desprezo,
a ânsia emanando da sua alma por devolver à vida as fronteiras, criadas pela
chatocracia civilizando a natureza em prédios de selvageria, e então tratar de
unificar tudo na paz desprovida de barreiras.
Levanta! Vozes diziam, o
garoto que nasceu com o tom do perigo latente obedecia, porque logo o aglomerado
de seres no horizonte continuaria o clichê do cotidiano e ele teria dores de
cabeça com a poluição feita na transpiração das fábricas se permanecesse
imóvel. Mesmo obrigado a fugir por causa da perseguição dos Homogêneos, gostava
de dormir próximo as hipócritas cidades, apalermado, embreagava-se com os
temperos do bando para se dizer ainda parte da humanidade. Existiam duas
estradas, das quais tentava decifrar o fim guiando os sentidos nas linhas de
campo magnético e aproveitando seus dons misteriosos; escolheu enquanto
refletiam os raios de sol nos espelhos da terra iluminando sua face ambígua, o
desafortunado jovem homem escolheu o caminho do norte.
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