Mil
nuvens desenhadas no contraste de cores sombrias anunciavam madrugadas de dias
despejando gotas que escorregavam pelos telhados e desabavam no chão explodindo
e desfazendo bombas de despertar da breve ilusão montada pelo cochilo de
Silvestre. Viajava em outrora, quando todas as pessoas eram igualmente
diferentes e podia olhar ao lado sem sentir-se acuado como hippie no Vietnã,
mas seus olhos ardiam agora implorando ao fraco corpo para serem deixados
fechados; ah miserável jovem, insistia entregue a uma força que nem ele sabia
de onde vinha. Indagava a si tentando achar um pedaço do céu entre as folhas da
Figueira que foi seu quarto durante a noite de minuanos impiedosos se merecia
tamanha estrela. Sorte vinda tal qual bala perdida, rasgando seu coração e
destilando-se ao seu sangue no mais puro aguar da dor de ser o último exemplo duma
série extinta.
Abriu
os olhos, verdes da cor do mar capaz de trazer esperança e afogar sonhos, não
agradava o que via. Aprendeu que odiar era errado, mas o amor fora comprado e
estava dispendiosamente raro, assim, com pouco dinheiro sobrava-lhe o desprezo,
a ânsia emanando da sua alma por devolver à vida as fronteiras, criadas pela
chatocracia civilizando a natureza em prédios de selvageria, e então tratar de
unificar tudo na paz desprovida de barreiras.
Levanta! Vozes diziam, o
garoto que nasceu com o tom do perigo latente obedecia, porque logo o aglomerado
de seres no horizonte continuaria o clichê do cotidiano e ele teria dores de
cabeça com a poluição feita na transpiração das fábricas se permanecesse
imóvel. Mesmo obrigado a fugir por causa da perseguição dos Homogêneos, gostava
de dormir próximo as hipócritas cidades, apalermado, embreagava-se com os
temperos do bando para se dizer ainda parte da humanidade. Existiam duas
estradas, das quais tentava decifrar o fim guiando os sentidos nas linhas de
campo magnético e aproveitando seus dons misteriosos; escolheu enquanto
refletiam os raios de sol nos espelhos da terra iluminando sua face ambígua, o
desafortunado jovem homem escolheu o caminho do norte.
uuau que intenso esse texto!
ResponderExcluirquem é o autor?
ba, quando tu tinha me dito antes sobre "morrer varias vezes até se tornar imortal" achei que era meio da boca pra fora só porque eu precisava de um conselho, mas tu usa até pra tua vida O:
bjbj,
Nata.
ah, Primeiro comentário do blog o/
era pra ser meu o texto, mas agora é de todos nós, ;]...obrigado por ter paciência de ler até o fim, rsrs...bjjo
ResponderExcluiradoreiiii o texto!!
ResponderExcluirtu esta a cada dia melhorando mais eles!!!
porque não posta as tuas musicas aí!?! elas são lindas!!
bjão