ESCLARECENDO

Pretendo postar pensamentos, crônicas, musicas e poesias; refazendo em miniatura o universo que absorvo a cada experiência no centro desse infinito, que pode eternizar ou banalizar a idéia toda. Esse espaço tem apelo confessional-autoral e poderá na melhor das hipóteses virar um elixir que maltrata a alma em goles de satisfação. Por vezes será mais sincero que a verdade, instintivo, quase irracional, como o lampejo de fé de um ateu antes de seu mundo desmoronar, o beijo roubado, a compaixão do assassino com a sua vítima segundos antes de matá-la e por vezes será pragmático e crítico, afinal precisamos da dose certa de veneno pra sobreviver. Lembrando que a causa maior de estar aqui é porque no princípio a filosofia era uma besteira, e as grandes besteiras consideradas a filosofia a ser seguida; então quando reijeitarem suas idéias, mantenhas a salvo, pois no futuro podem ser o único meio de outros seres perceberem que a razão da humanidade não passou de um grande mito.

sábado, 4 de agosto de 2012

Verve de Concreto

Céu cinza, tintura no cabelo
Cores tramam uma escuridão
Desgraçada seja a luz 
Sou cego, guie minha mão
Traindo por querer o acaso 
Antes convencionado
De permanecermos desunidos
Pra sós não sermos separados

SIM CAÍ, SIM CAÍ
NÃO RESISTI AO PESO DO AR
NÃO RESISTI AO PESO DO AR

Cavando no imenso horizonte
Aonde o caos é fonte
A inocência levada 
Conduz a constatação
Que o pecado maltrata a alma 
Com goles de satisfação
E é estúpido se erguer na vida
Enquanto a sociedade anda falida

SIM CAÍ, SIM CAÍ
NÃO RESISTI AO PESO DO AR
NÃO RESISTI AO PESO DO AR

Quente na beira da nuca
Tonicamente a murmurar
Por quê recalcitro em a brasa do inferno
Num cinzeiro apagar?
Meu anjo quando a fossa é funda
Devemos mirar alto
Tragando o lúgubre que a aura circunda 
Pra energia iluminada transmutar

SIM SUBI, SIM SUBI
TÃO ALÉM QUE É NATURAL FLUTUAR
TÃO ALÉM QUE É NATURAL FLUTUAR
SOB
NOSSA PELE SIBILA
NOCIVA
CHAMA CAPAZ DE AMPARAR
A VERVE
NECESSÁRIA PRA CONSTRUIR
SOBRE
A REALIDADE DO DEMOLIR

Mas de repente
Notei teu Morfeu desiludir
Inerente
Aos ecos de Hendrix por aqui
Se a perfeição, da cena com
Claridade desbotou
Ignore a desolação
Desviando dos destroços, mantendo a miração
Hey você, é você!
Você na vastidão, ficando vazio
Consegue sentir? Há milagres no porvir
Talvez com tanto barulho sege impossível ouvir
Vêm comigo
Contemplar esta ficção
E no acaso
Do contato romper numa aclimatação
Estaremos
Unidos demasiadamente pra sozinhos louvar nossa ligação


domingo, 22 de julho de 2012

Perpétua Afrodisia Exala


Perpétua afrodisia exala
Com tal fragância no ar
Como Vênus tenho de retrata-lá
Ela sabe capturar
O macho
Enquanto simula se entregar
De salto alto sobrevoando
As ruas menos frequentadas
És feita pra consumir
Em tragadas desvairadas
Quando o manto celestial
Cai para encobrir
Delirosos desejos
Fêmea te confesso
Teu fluorescente botão 
Almejo
Figuro peregrino disposto
A lamber, vibrar, apertar
Salivar feito óleo 
Para abestalhadamente derrapar
Numa envergadura distorcidamente bela
E nesse furacão de corpos
O único firmamento 
É o sexo nela
Chovendo forte gozo
Abrigo seguro, longe da vilania
Dos homens 
Que utilizam artificios sujos
Para limpar seus nomes
Venha caminhar sobre as nuvens?
Temos Hendrix de sinfonia
Assim com sorriso vil
Posso selar 
Meus lábios nos teus
Brincadeira pagã
Que me faz escravo da tua liberdade
E digamos foda-se!
Foda-se o crisol dos anjos, dos diabos e da sociedade
Enquanto minha língua resvala 
Na superfície da sua Shangri-lá
Os deuses hão de invejar 
Pois só mortais esse domínio podem alcançar
Como ficas fria, pálida
Prestes a passar à planos elevados
Se te fitassem agora diriam que poderia desfalecer
Tolos não sacariam que galvaniza a força
Àos pontos de prazer
Para fracos o bom passa rápido
Mas intensos laços
Estrangulam a hora até fazê-la desaparecer
Ah! Subversiva vais me afogar
Tão lúcido e com o sentido demasiadamente aguçado
Posso acompanhar o orbe azul girar no tecido do espaço
Assassina
Se desfalecer 
Por favor não me salve
Tu é o melhor lugar para qualquer ser renascer
E me segure forte
Porque estou caindo
Em portentos por você
De cima do telhado
Numa noite sem lua
Aonde as estrelas marcam fácil
As nuances da pele semi-nua
Degustei seu cheiro e aprovei
O perfume no paladar
Até prendi o fôlego
Assim fiquei com o barato de levar
Cada psicoativo que produz
Antes de um afrouxão
E me segure forte
Eu perdi a respiração

Caos em Crise


O frio dos miseráveis
mora aqui
Onde a calamidade
insiste pedir
Asilo
É caro existir tranqüilo
Na terra
De mercenários assassinos
Enquanto a mídia estampa
distrações desleais
Crianças lutam guerras
imaturas de seus pais
Mas
Audiência não produz
O grito
Da mãe negra que canta o blues
Nua pra engrossar
O couro
Assim ninguém voltará a furar
O peito
Que carrega sangrando ao luar

DEU O CORAÇÃO
PARA A FOME DO FILHO ACABAR
DISSE FECHA
OS TEUS OLHOS
ABRA A MENTE E VERÁ
EU ESTOU LÁ
EU ESTOU LÁ

Do lado da madame
flertando roupas de desfile
Ignorando o caos em crise
no reflexo da vitrine
Com a estrela bestial
que crê liderar
A corrida voltas atrás
do primeiro lugar
Ela esta lá
Prestes a tomar
Um ácido forte
Pra colorir
De preto o som deste cantar
Então
Ninguém poderá furar
O peito
Que carrega sangrando ao luar

DEU O CORAÇÃO
PARA A FOME DO FILHO ACABAR
DISSE FECHA
OS TEUS OLHOS
ABRA A MENTE E VERÁ
ENTRE AS CERCANIAS
DELIMITANDO
OS CAMPOS DA PERCEPÇÃO
O SÁBIO DIRÁ
ALÉM DO QUE FALARÁ
NEM LARGA OU ESTREITA
ESTRALANDO OSSOS
A PASSAGEM TERÁS DE DESBRAVAR
NO ABSTRATO
TUA FORTALEZA ERGUERÁ




Sou


''Cowboy fora da lei feito luz nas zonas abissais contaminando a água com ácido para colorir de preto o som deste cantar encarcerador da mais lancinante viagem astral que desvirginaria a treva como se tudo fosse de novo vital fazendo o sangue correr solto e a humanidade sentir de novo as nuances do francamente essencial.''

Crônico Sistema


O capitalismo desigual retarda gerações as amamentando com vão material pra aniquilá-las nas hostes de um paladino da baixa classe social cansado de com arroz e feijão o ego entreter que ao tentar roubar o celular da patricinha regurgitadora de caviar sua mão aos tremores disparou sem querer o gatilho da arma quando seu emocional trepidou com leve movimento do brusco marombado que a jovem exibia de namorado. Então, o pobre vaidoso ao almejar o mínimo do gozo transbordante em alguns seletos pratos se viu trancafiado naquelas instituições asquerosas onde pegou HIV e na aclimatação com a gripe do ano o fecharam num caixão; este por vez além da suntuosidade em nada diferia do da sua vítima que num concílio de épocas foi aniquilada mesmo pela volubilidade desse povo projetado para colateralmente engolir ser parte dessa engrenagem na qual várias trajetórias com única bala viram atubo das propriedades dos sanguessugas escondidos na névoa circundando o topo da pirâmide das grandes cidades.